O novo ano se anuncia e um novo
governo se estrutura para conduzir a Bahia por mais um quadriênio com o desafio
de elevar o patamar da inclusão social, gerando empregos e ocupações
produtivas, ampliando a cobertura social dos trabalhadores, enfim, promovendo o
trabalho decente e melhorando a vida dos baianos.
Depois de gerar mais de meio milhão de
empregos no estado, em oito anos, correspondendo a mais de um quarto de todo o
emprego celetista existente na Bahia; depois de multiplicar a oferta das vagas
em cursos de formação profissional e qualificação profissional; depois de
reduzir em mais de cinco pontos percentuais a taxa de desemprego na Região
Metropolitana de Salvador (out/2006/set/2014); da redução do trabalho infantil
no montante de 185 mil baianos na faixa etária de 5 a 17 anos (PNAD
2013); depois de tudo isto, há ainda muito por ser feito. Como seguir avançando
no complexo quadro econômico que se apresenta, é a questão que se apresenta.
Os êxitos neste campo
estão associados à adoção de medidas indispensáveis também no plano federal.
Elevar a produtividade do
trabalho deve ser uma premissa da política econômica, de modo a promover o
crescimento sem provocar desemprego. A retomada da economia, a redução da
ociosidade da indústria, a ampliação das exportações precisam estar associadas
à melhoria das condições de vida dos brasileiros, através da sua inclusão
produtiva.
O debate não é novo. É bom
lembrar os efeitos positivos da política de transferência de renda do Bolsa
Família, da valorização do salário mínimo, da política de criação de 20 milhões
de empregos em dez anos. Estas políticas públicas substituíram a lógica de
"aumentar o bolo para depois dividir" e que levou a um crescimento
torto, com o aumento da fome e da miséria, que com tanto esforço vem se
conseguindo debelar.
A atração de investimentos
pressupõe um mercado interno que se fortalece com a renda gerada pelos milhões
de empregos, pressupõe também investimentos crescentes em tecnologia e formação
da mão de obra. Num quadro de crise e redução das expectativas da OMC sobre o
comércio internacional, os produtos inovadores e de maior conteúdo tecnológico
tendem a se destacar frente ao desempenho das commodities agrícolas e minerais.
É pois imprescindível
apostar, simultaneamente, na formação tecnológica como estratégia chave,
aproveitando as receitas obtidas com a exploração do pré-sal, cuja destinação
já está prevista para a educação.
Crescer a economia numa
perspectiva inclusiva é o primeiro passo para erradicar o trabalho infantil e o
trabalho escravo, reduzir os acidentes de trabalho, gerar emprego para a nossa
juventude, reduzir as desigualdades no trabalho, dívidas sociais que precisam
ser equacionadas.